Toy Story e a terapia do esquema| análise psicológica

Uma das melhores animações da disney é sem sombra de dúvidas é toy story , vamos analisar mais a fundo essa história por que com certeza há muito a aprender com essa história tão intensa , por que ela meche no sentimento de todo mundo por ser algo que nos remete a infância, mais que isso de forma inconsciente meche com o medo que temos, seja o abandono propriamente dito ou o medo das mudanças que o crescimento nos remete

Logo no primeiro filme já da pra perceber esse medo do abandono e o medo de ser substituído, mostrando muito bem que em todo natal e aniverssário aquela aflição que os brinquedos ficam, se sentir assim é perfeitamente normal todos nós já nos sentimos ou nos sentiremos desta forma em algum momento e o filme retrata isso muito bem, mas não só isso, trata-se das formas para lidar com esses sentimentos, principalmente relacionado a rejeição

Existe um conceito muito interessante na psicologia chamado terapia do esquema que é basicamente, de uma forma geral, é uma abordagem que leva em conta nós termos uma estrutura emocional e mental saudáveis e que isso obviamente é essencial para termos uma vida plena e eventualmente sermos felizes, pra isso precisamos receber nutrientes emocionais ao longo da vida desde a infância , e esses nutrientes que recebemos durante a vida tende ser equilibrados pra não correr o risco de ocorrer os esquemas iniciais desadaptativos que seriam marcas ou padrões cognitivos ou emocionais constituídos por memórias e experiências, situações ou percepções que nós vamos construindo ao decorrer da vida , desta forma alguns podem ser “ativados ” pra resumir existem diversos esquemas mentais e emocionais dentro de nós, a diferença de uma pessoa pra outra geralmente e a quantidade ou intensidade da qual eles venham a se manifestar

Para o toy story vamos focar no esquema de abandono ele seria basicamente uma dificuldade de nos relacionar com os outros ou ate com sigo mesma que se da que o sujeito desenvolve em sua vida que uma hora ou outra vai acabar perdendo , vai acabar sendo abandonada, o que é interessante pontuar e que serve pra qualquer tipo de relação seja ela pessoal , interpessoal e ate relações materiais. E isso torna se bem nítido em toy story por que os brinquedos, eles tem certeza que uma hora o Andy vai crescer e não vai mais precisar deles e a pessoa que se prende a este conceito tende a mover a suas experiências de vida o mais desapegado possível, não conseguindo criar laços mais fortes.

É claro existem diversos diferentes estilos de enfrentamento para esses padrões, como vemos em toy story cada um tem uma forma de reagir os tidos “vilões” da obra geralmente reagem mal por um fim inevitável que esta se aproximando cada vez mais da realidade

O medo de exclusão, de não pertencer a um grupo pode servir de estopim e ser um poderoso potencializador pra emoções negativas como egoísmo e ate manipulação , ainda de acordo com a teoria dos esquemas esses enfrentamentos são muito importantes para aprendermos a lidar com a possível dor que esses pensamentos nos causa dependendo da situação o que é muito bom, só deve-se atentar para não ir por caminhos mais negativos e acabar causando prejuízos a si mesmo ou a terceiros. vale notar que a maioria dos casos retratados no filme são pra nos mostra e nos fazer refletir sobre isso, sobre os tipos de enfrentamentos em situações reais como mudanças que podem ser tanto concretas como mudanças de ideais ou de situações em geral, por que mudanças são realmente muito difíceis dependendo da magnitude mas quanto melhor lidarmos com ela mais fácil vai ser superar as situações adversas

A maior lição que toy story nos deixa e que nem sempre ou quase nunca estaremos no controle da situação e que existem coisas que por mais que você resista ate o fim não depende de você, o Wood nos mostra isso muito bem , sempre foi o brinquedo do Andy mas quando foi obrigado a aceitar a inevitável mudança pôde lidar melhor com as suas questões formando uma personalidade mais madura e vivendo sua vida além dos medos, nos mostrando que é possível sim viver intensamente as fases da vida e se adaptar bem as mudanças que com certeza irão acontecer